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Amor seletivo e o colapso planetário

Nós, seres humanos, temos por hábito amar seletivamente. Dizemos amar a humanidade, mas escolhemos amar apenas a alguns seres humanos enquanto ignoramos ou odiamos outros. Dizemos amar os animais enquanto protegemos alguns e comemos outros.

Não somos seres que amam. Somos seres que direcionam o respeito, afeto e compaixão somente a quem é conveniente. E isso não é amor. Pode ser qualquer outra coisa: apego, emotividade, exploração, dependência, egoísmo, mas não amor.

Fomos ensinados a viver a separação como se disso dependesse nossa sobrevivência. E quanto mais vivemos essa separacão, mais enfraquecemos como indivíduos, como coletivo e como partes de um único organismo vivo que está em colapso: o planeta.

Amor real não é uma emoção, é um estado de consciência que gera ações individuais em prol do todo. Por isso, amor verdadeiro unifica e não segmenta.

É direito de cada um escolher, mas apenas uma escolha contribui para um mundo onde a humanidade poderá não apenas continuar existindo fisicamente, mas ter vida plena em comunhão com todos os outros seres.

Já não há tempo.